I'm Winston Wolfe. I solve problems.

domingo, agosto 27, 2006

Resposta


    Ah, mas você ta fudido agora. Vou espalhar que não sou mais aquela de outrora. Começarei descrevendo trepadas alucinadas, cheias de perversão e ressentimento, que de tão detalhadas você vai chegar a sentir aquele cheiro que te arrepia as costas. Vou contar de orgias memoráveis, quatro, cinco sujeitos me varando em meio a impropérios dos mais inadmissíveis para a mocinha de família aqui que você conheceu. Sim, porque familiar é a última coisa que irei soar.

    Eu sei que isso te faz sofrer. Me imaginar fazendo com os outros o que queria que eu fizesse com você. Porque era exatamente isso que eu representava para você, não é? Uma boneca inflável de carne e osso, um pedaço de gente feito para treinar, usar, sugar até a última gota de fluído lubrificante e aí dar um tempo, fumar um cigarro, baforar dentro da garrafa e sair gingando. Então você merece tudo isso. Merece mais. E é isso que vai ter.

    Sei que não vai resistir e vai dar um pulinho aqui uma hora ou outra. Porque vou atualizar isso aqui para os seus amigos. Vou inclusive incluí-los nos meus feitos. Todos eles. Um de cada vez ou de uma vez, não vou poupar nada. Deixar fluir tudo aquilo que você se esforçou tanto para eu liberar, só que agora você vai só olhar. Não vai aproveita de um centímetro suado sequer desse corpo. Um sadismo voyerístico que, tenho certeza, vai te torcer o estômago bem devagarzinho, linha a linha.

    Porque o que vou escrever vai te fazer se arrepender de tudo o que jamais deveria ter feito. Transformarei sua menininha na maior serviçal da sacanagem que jamais existiu. E você vai ficar sabendo, ah, isso eu garanto. Cada gota de líquido que fluir será incansavelmente descrita, analisada e contextualizada de acordo com a situação. Nada ficará de fora do que eu fizer ou fizerem comigo. E eu lhe asseguro: não será pouco. Ah, mas não será mesmo.

    Serei o assunto do dia em fóruns e chats dedicados ao meio. Até quando estiver almoçando meu nome correrá, mesmo que baixinho e discreto, nas mesas repletas de idiotas como você. Logo vão te questionar se tudo aquilo que escrevo é verdade, e quanto mais você negar ou me tripudiar, mais atiçará a curiosidade deles. E mais vontade terei de compartilhar e ser compartilhada. Sua dor só não será maior que sua vergonha, porque pode ter certeza que a última coisa que te darei será destaque. Muito pelo contrário.

    E não haverá saída. Onde você estiver eu vou te achar. Não porque quero, mas porque irão te dizer, encher de perguntas, fazer insinuações, levantar suspeitas das mais diversas sobre nossa vida juntos. Cada trecho do que eu escrever será tão repleto e completo do mundo que você supõe imaginar que será difícil duvidar da veracidade dele. Mesmo assim, você não acreditará totalmente no que vai ler. E isso será ainda melhor. Porque vou lhe dar o sagrado benefício da dúvida. De agora em diante. Só eu e você. Até o fim.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom. Gostei bastante do blog e retornarei. Te convido a me visitar. Abração!