I'm Winston Wolfe. I solve problems.

quarta-feira, junho 27, 2007

Sad sad sad



    Trilha sonora dos créditos finais de "O Homem Duplo".


    Trilha sonora presente em "The Eraser", primeiro solo de Thom Yorke.


    Trilha sonora para pegar a rodovia mais perfeita que existe, abrir uma long neck suada e rodar até o combustível acabar.


    What will grow quickly, that you can't make straight

    It's the price you gotta pay

    Do yourself a favour and pack you bags

    Buy a ticket and get on the train

    Buy a ticket and get on the train


    Cause this is fucked up, fucked up

    Cause this is fucked up, fucked up


    People get crushed like biscuit crumbs

    And laid down in the bed you made

    You have tried your best to please everyone

    But it just isn't happening

    No, it just isn't happening


    And it's fucked up, fucked up

    And this is fucked up, fucked up


    This your blind spot, blind spot

    It should be obvious, but it's not.

    But it isn't, but it isn't


    You cannot kickstart a dead horse

    You just crush yourself and walk away

    I don't care what the future holds

    Cause I'm right here and

    I'm today

    With your fingers you can touch me


    I'm your black swan, black swan

    But I made it to the top, made it to the top


    This is fucked up, fucked up

    You are fucked up, fucked up

    This is fucked up, fucked up


    Be your black swan, black swan

    I'm for spare parts, broken up


      Docinho


        Tem gente que faz música ruim. Mas essa música só se perpetua porque tem gente que ouve. Ora, isso é lógico, Biduzão, todo mundo sabe. Assim como todo mundo gosta de alguma música ruim.
        Então, para facilitar, o Framboesa organizou tudo num lugar só. O blog - cujo nomer é uma referência óbvia ao Framboesa de Ouro, Oscar dos filmes ruins - é novinho, novinho, mas promete ser lega. E, claro, aceita colaborações. Dá uma espiada lá. Eu já baixei o Michael Jackson sem a menor vergonha...

      segunda-feira, junho 25, 2007

      De cinemas e sacis


        Está se tornando folclórica a capacidade da Secretaria de Cultura e Turismo de Americana em ser cega, surda e muda no que toca a suas responsabilidades. Desde março, a pasta exibe filmes no Teatro Municipal Lulu Benencase, local que já foi - olha só que sacação - um cinema de rua. Mas a quantidade de absurdos que essa idéia contêm só rivaliza com um filme do David Lynch e precisaria de um blog todo para se fazer entender. Então vamos mastigar bem (o que não vai ser garantia alguma de digestão fácil...) para nos fazermos entender nessas poucas linhas.

        De acordo com o último informativo da secretaria, a proposta do Cine Teatro é intercalar filmes comerciais com convidados. E e só isso que se sabe, já que desde o ínicio da semana a coluna tenta mais esclarecimentos sobre o assunto e parece não haver um cristão lá dentro capaz de responder um simples e-mail. E olha que minhas dúvidas - que acredito serem compartilhadas por mais gente - são simples, nada que fará o nobre chefe da pasta, Fernando Giuliani, perder o último capítulo da novela das 18h.

        Primeiro, quero saber quem é o responsável pela escolha dos filmes exibidos. Não quero acreditar que seja o próprio secretário, já que a obra de estréia do projeto foi "Harry Potter a Pedra Filosofal", um blockbuster hollywoodiano de 2001 que por si só contraria a função primordial da pasta, que é a de levar cultura de qualidade para a população. Não sei qual a freqüência que o secretário vai ao cinema, mas se ele considera Harry Potter um produto que acrescenta alguma coisa, começo a me preocupar de verdade com o andar dessa carruagem cada vez mais desgovernada.

        Mas se não é o próprio Giuliani, quem decide que filmes serão mostrados? Talvez o dono da videolocadora que a secretaria firmou parceria? Ou quem sabe o guardinha que anota recados no balcão da recepção? Não, esse último teria mais bom senso do que o sujeito que escalou, por exemplo, "Star Wars - A Ameaça Fantasma", para a última sessão do projeto, nesta terça feira.
        Bom, mas o projeto, segundo a única informação que possuo, também prevê filmes "convidados". E quais são eles? Silêncio. Quantas pessoas já foram assistir aos filmes? Mais silêncio. Havia uma meta de público? Os grilos fazem cri-cri. Qual é, por Deus, o objetivo desse desperdício de esforço, tempo e dinheiro públicos? Os sapos coacham. Alguém aí pode me dizer então qual o diabo do critério utilizado para exibir produções unicamente comerciais e sem qualquer fim senão o de divertir por um par de horas?

        Porque parece, cada vez mais, ser essa a função da Secretaria de Cultura de Americana, que pode tranqüilamente mudar seu nome para Secretaria de Entretenimento Besta e Apático. Existem dezenas de maneiras certas - e uma única errada - de aproveitar o cinema de maneira inteligente e criativa levar um mínimo de cultura à população. E a prefeitura tem a capacidade de escolher a errada. Eita, nóis.
        UPDATE
        A secretaria escolheu o filme desta semana: "Star Wars - A Guerra dos Clones". É ou não é pra pedir guilhotina?

      quinta-feira, junho 21, 2007

      Os Canhões de Navarone (apenas para rimar com Brancoleone)


        Albano Martins Ribeiro não precisa abrir a boca para você logo sacar que ele é paulistano. Daqueles que te explica onde fica uma pizzaria usando como pontos de referências o MASP, estádios de futebol, clubes sociais, entidades filantrópicas e estações de metrô. O que para mim, morador de típica cidade do interior que localiza tudo o que quer usando uma única avenida, soa engraçado. E estranhamente fascinante, do tipo "caralho, eu queria morar em São Paulo apenas para saber que a fulana mora num apartamento há duas quadras da estação da Sé", ou "Tô passando pelo Memorial da América Latina agora, encontro vocês em uma hora". High Five!, diria Borat.
        Mas não estou aqui para zoar o Branco Leone, ou Brancoleone, alcunha usada pelo Albano Martins Ribeiro em sua abnegada cruzada virtual. Sim, porque Branco é um abnegado, quase um jesuíta da Companhia de Jesus, diria, doido pra meter o crucifixo na bunda dos selvagens e amelhá-los para seus intentos. E é mais ou menos o que ele faz com uma das mais bem organizadas e conceituadas editoras virtuais , a Os Vira Lata.
        Nela, pode-se encontrar o novo crime do Bia e, em breve, o próximo atentado do Alex. Além do próprio livro do Branco - que por sinal recomendo com força a todos que não têm problema de bixiga solta quanto em ataque de risos causados por situações de extrema urbanidade paulistana, e por isso mesmo, universal.

        E, pô, ele é casado com uma sobrinha do Jorge Amado!

      Todos os olhos


        Ela deixou colocar em todos os buracos e perguntou se não era isso que eu queria. Ah, meu bem, eu quero tudo.

      terça-feira, junho 19, 2007

      Mais Bia


        Depois do mestre Bia(jone), a trutíssima e repórter do coração Bia(triz) estréia na blogosfera - e ainda como vizinha, aqui no Condomínio Blogspot. Com o singelo nome de Sapatilha Elétrica, ela promete... nada. É, ela ainda não prometeu nada. Nem disse a que veio. Na verdade, só colocou um post inaugural profético. Como de costume, tenha certeza que ela não vai decepcionar. Abaixo, ela em momento de descontração.

          Corrigindo injustiças


            Por obra do acaso, travei contato, há coisa de meses, com o Gabriel, dono do parnasiano Labirinto do Não. É culpa dele a maior parte desta lista de links aí ao lado para os blogs mais quentes feitos para fazer a alegria de quem gosta de música e não deixar um rim na Fnac. E eu, péssimo ser humano que sou, não dei o devido crédito. Então, agora, corrigo a falha. E passo o link para o espertíssimo sítio do rapaz. Saravá!

          domingo, junho 10, 2007

          De festa de peão e leis que não funcionam ou dois pesos e duas medidas





            Americana, como qualquer outra cidade de interior, sofre com um problema histórico crônico. A falta de opções de entretenimento noturno para quem tem menos de 50 anos. Ou, mais precisamente, para quem gosta de diversão com alguns decibéis acima do permitido. E permissão é o mínimo necessário para fazer acontecer o que se pretende. Muito difícil? Vamos simplificar então: a cidade não tem um filhodaputa de um lugar para se ouvir música ao vivo depois que sol se põe – ou antes até, sejamos francos.

            A cidade é governada pelo prefeito Erich Hetzl Júnior (PDT), sujeito de pulso fraco e que ergue a voz apenas contra profissionais de mídia que estão alí par fazer o que são pagos para fazer – confesso que votei nele e, se pudesse, pediria meu voto de volta de tanto arrependimento. Mas a culpa não é exclusiva dele. Há coisa de uma década Americana não possui vida noturna no que toca a música ao vivo. Descartamos aí os barzinhos que cedem um canto para crooners de Djavan e Milton Nascimento, com seu violõezinhos e vozes em falsete que não fazem mal a ninguém. Estou me referindo à música movida a baixo, guitarra e bateria. Estou me dirigindo a quem não tem pena dos tímpanos e é ligado no 220, que curte um bom rock´n´roll e congêneres e sabe que estes não podem ser apreciados se o volume estiver abaixo do 10.

            Mas em Americana isso não existe. É proibido. De bares a festas, nada pode incomodar a vizinhança, que tem o direito de descansar em silêncio total e absoluto. E não adianta vedar as saídas de som, porque as reclamações recairão sobre o movimento que se forma ao redor do lugar – carros congestionando o trânsito, molecada falando alto, sujeira formada por garrafas, latas e copos descartados nas sarjetas pelos freqüentadores. Tudo, enfim, feito para impossibilitar ao máximo a construção de uma cena noturna na cidade.

            Em cinco anos, pelo menos três bares baixaram suas portas e uma dezena de festas foram impedidas de acontecer por força da prefeitura, que não hesita em dificultar ou não fornecer alvarás de funcionamento ou mesmo fechar estabelecimentos na primeira reclamação. A vizinhança, claro, tem o direito de descansar em silêncio total e absoluto. Entretanto, a coisa muda de figura uma vez por ano, quando acontece a Festa do Peão Boiadeiro de Americana. Então, tudo é permitido. Para o CCA (Clube dos Cavaleiros de Americana), organizador do evento, nada é negado. Pelo contrário.



            O recinto onde acontece a festa fica do outro lado da cidade. Numa região esquecida pelo poder público, abandonada à própria sorte desde sua criação, mas que recebe a atenção da municipalidade quando é tempo de rodeio. Afinal, gente de todo o Estado passa por lá e a última coisa que se quer são turistas com má impressão do governo municipal. Neste ano, por exemplo, as ruas que dão acesso à festa foram pavimentadas - numa região onde asfalto é uma realidade muito distante, é preciso agradecer ao CCA, não?

            Nas noites de festa, a Rodovia Anhangüera e suas vias de acesso ficam intransitáveis. Os congestionamentos nababescos se estendem por quilômetros, obrigando o incauto motorista, que está apenas de passagem pelo trecho, a esperar quantas horas forem necessárias, porque nada pode ser feito. Os acostamentos deixam de existir, tomados de vendedores e carros de gente que se cansou de esperar e resolveu ir a pé.

            A polícia? Ah, sim, a polícia em peso está dentro do recinto da festa para garantir a segurança dos freqüentadores. E quem está garantindo a minha segurança fora dali? Claro que a corporação afirma não haver problemas, pois o número dos que ficaram na cidade é suficiente. Nesse caso, podem demitir os outros, já que não fazem falta, correto? E por que a polícia, que é um órgão público, está fazendo a segurança de um evento particular? A festa que se vire com sua própria segurança. Eu, como contribuinte, não tenho que pagar por isso através da polícia que ajudo a sustentar com meus impostos.

            Entre uma semana e outra de festa há o desfile dos cavaleiros. Dezenas de cavaleiros pegam seu, hã, cavalos e saem às ruas para mostras seus... cavalos. Se a população se incomoda tanto com a sujeira que é feita nos arredores dos bares de música ao vivo, certamente não deve gostar de sentir o cheiro de estrume fresco que paira no ar da cidade durante e depois do cortejo.


            O recinto, por sinal, é aberto e distante quilômetros do centro da cidade. Entretanto, é possível ouvir perfeitamente todo os shows musicais que acontecem toda as noites, normalmente após às 22h. Onde está, pergunto eu, a lei do silêncio que faz fechar bares de música ao vivo ou impedir que festas aconteçam? Dois pesos, duas medidas, é isso? Ou será que ninguém reclama?

            É claro que reclama. Basta um pouco de bom senso e conhecimento histórico. As primeiras festas de peão de Americana aconteciam no Centro da cidade. Foi preciso um prefeito de pulso – o finado Waldemar Tebaldi, de quem Erich herdou a cidade após sua morte (e só a cidade, não o pulso) – para peitar o CCA e os mandar para qualquer outro lugar. Agora, mesmo distante do Centro da cidade, mas ainda assim no meio de um bairro residencial, a festa continua a causar os mesmos problemas que fecham os bares de música ao vivo. Ou será que quem mora na periferia da periferia não tem o direito de descansar em silêncio total e absoluto? Até nisso seus moradores são excluídos?

            Não sou contra a Festa do Peão de Americana ou seus freqüentadores, nem tenho nada contra seus organizadores. Mas é preciso justiça. Pau que bate em Chico, bate em Francisco, diria meu irmão. Ou estou errado?

          sábado, junho 09, 2007

          Personalidade

          Estilo é tudo para um artista. E um estilo próprio deriva de uma personalidade definida, marcante, honesta e, logo, única. Na música pop poucos conseguem se equilibrar na linha que separa a personalidade da mediocridade. Uma banda pode mudar seu som de um disco para o outro sem parecer forçado; ou pode fazer sempre a mesma coisa e soar sempre diferente e genial. Dois lançamentos ilustram bem a questão. Era Vulgaris, do Queens of the Stone Age e Minutes to Midnight, do Linkin Park, lideram há algum tempo as listas de downloads. Então baixe, ouça e depois volte.

          O QOTSA pertence ao seleto rol de bandas que bastam poucos acordes para serem reconhecidas. Liderado por Josh Homme - único membro fixo em todas as formações - o grupo segue firme como um legítimo representante do rock de macho, daqueles feito para se ouvir no volume máximo e incomodar toda a vizinhança. Não é para ouvidos sensíveis, não é para tocar no rádio ou na novela, mas serve bem como trilha sonora para competições de demolicar.
          Assim como seus antecessores, Era Vulgaris é facilmente reconhecível. Porque tem, acima de tudo, personalidade. E estilo. Se mantêm coerente do começo ao fim, levando o ouvinte mais experiente a concluir que, sim, ele lembra os outros três discos do QOTSA. Sua canções poderiam, sim, estar inclusas nos outros. Poderiam, mas Homme sabe o que faz. Era Vulgaris é mais uma etapa da cruzada do músico em injetar um pouco de barulho decente no cenário pop. E o faz sem exageros, com classe, na medida certa.

          O oposto ocorre com o Linkin Park. Minutes to Midnight não tem um terço da força e originalidade que o disco de estréia da banda, Hybrid Theory, carregava e ajudou a popularizar o grupo fazendo do nu-metal um máquina de ganhar dinheiro. Agora, o LP soa... emo. Seu peso é tão falso quanto o de um Fall Out Boy, e as letras lamuriosas ficariam perfeitas no último do Good Charlotte ou mesmo do Evanescence. A pegada rap, exaustivamente copiada por um sem número de outros garotos, não segura mais a onda - pelo contrário, mostra-se monótona e previsível.
          É aí que o LP peca, ao abandonar um estilo que criou - e que era legal - em razão da grana. Se tivesse ousado e ido por um caminho oposto, até renegando seu estilo, manteria pelo menos sua personalidade. Apenas “Bleed it Out”, com seus meros 2 minutos, salva Minutes to Midnight do marasmo. Muito pouco para quem foi referência para boa parte da produção mainstream dos anos 00.

          Claro que Era Vulgaris vai vender bem menos que Minutes to Midnight. Estamos falando de dois produtos com propostas diferente para públicos diferentes. Mas se você puder escolher, fique com quem tem mais estilo e personalidade e queime um disquinho com o primeiro.





            quarta-feira, junho 06, 2007

            Cine pop

            A cultura pop e tudo o que a envolve possui duas características essenciais. A primeira, é a valorização da imagem, da plástica, daquilo que envolve as coisas - sejam elas para os olhos, ouvidos ou mãos. A segunda é o curto prazo de validade e conseqüente descartabilidade dos seus produtos. No cinema, o exemplo mais bem acabado de obra pop acaba de chegar as locadoras após passagem tímida e relâmpago pelas salas brasileiras. "O Homem Duplo", de Richard Linklater, com Keanu Reeves, Robert Downey Jr., Winona Ryder e Woody Harrelson, é a mais perfeita tradução para o termo.

            O filme passou pela Mostra São Paulo de Cinema em outubro do ano passado - depois, se não me falha a memória, deve ter ficado mísera semana numa única sala de shoppings centers. Talvez pelo fato da obra lidar com elementos considerados inteligentes ou ousados demais para o grande público, passou despercebida e chega agora em DVD. Baseado no romance "A Scanner Darkly", de Philip K. Dick (o mesmo de "Minority Report", "Blade Runner" e "O Vingador do Futuro", apenas para ficar nas adaptações para o cinema), o filme se ergue no tripé drogas-paranóia-autoritarismo com certo exercício de futurologia presente na maioria dos livros do autor.


            Mas quem se importa de fato com o roteiro ou o desenrolar das história quando o que se vê é um espetáculo de imagens geradas com tecnologia de ponta? "O Homem Duplo" segue a mesma linha de "Sin City" e "300", verdadeiros deleites visuais que deixam a história para segundo plano. A técnica utilizada é a chamada de rotoscopia, que é conseguida através da captação da imagem dos atores reais que depois recebem tratamento de animação tipo aquarela. Não há nada de errado nisso, cinema não é feito só de grandes moendas de cérebros. E em se tratando de uma obra indubtavelmente pop, não se pode esperar nada além.


            Não que a história do agente da polícia que é escalado para vigiar a si mesmo seja rasa. Pelo contrário, ainda mais se considerado o contexto que foi escrita - na década de 70, quando Dick compôs o livro, os EUA estavam sobre a sombra de Nixon e sua cruzada santa contra as drogas, alimentado pelo clima da paranóia da deleção do "seu vizinho pode ser um perigoso traficante que vai viciar seu filhos". Substitua as drogas pelo terrorismo de Bush e o painel será o mesmo. Porém, nada que já não tenha sido feito, o que se não tira o pioneirismo de Dick, o coloca no mesmo balaio para os menos informados - e como estamos falando de cinema e cultura pop, a coisa é inevitável.


            Apesar do desfecho interessante e algo no future, o filme especialmente por sequências de diálogos inúteis. Entenda, não são diálogos psicóticos - estes existem e cabem à trama - mas conversas que saem do nada e chegam a lugar algum, servindo apenas para prolongar a trama ou causarem um leve riso de canto de boca. Talvez se suprimidas, poupariam as quase 350 horas que cada minuto de filme levou para ser animado.


            Por isso, "O Homem Duplo" pode ser uma das maiores viagens visuais da sua vida, uma experiência sem igual, mas que não acrescenta nada como obra cinematográfica de fato. Daria um belo videoclipe.