Olhou para ela com pena. Mas, quem por ali passasse, poderia jurar sentir um leve desprezo nos olhos que fitavam o corpo nu enrolado em lençol. Sem testemunhas, ficava com a comiseração dos canalhas que, réu confesso, insistia em sustentar.
Havia ejaculado. Mas não como das outras vezes. Se demorou, não foi para prolongar o orgasmo dela, mas sim pelo tempo que ficou vasculhando a memória atrás de alguma lembrança que o fizesse esporrar. Ex-namoradas, trepadas casuais, filmes pornográficos, fantasias com colegas de trabalho e até pensamentos homoeróticos foram utilizados. Em vão.
Foi pensando nela que tudo terminou. Nela foi também que tudo começou. Sem a lembrança dela, não teria tido sequer uma ereção. E o corpo agora exausto ao seu lado estaria ainda pulando sobre seu pau até que não sobrasse pele alguma.
Sentiu alívio no final, como o cumprimento de uma missão impossível. Igual ao seriado.
No banho, masturbou-se pensando nela. Aí sim gozou. Chegou mesmo a socar o azulejo da parede. Assaltou-lhe a idéia que ela poderia estar fazendo o mesmo naquele momento. Sim, tinha certeza que a impressionara, fazendo com que jurasse nunca mais gozar com outro que não ele. Não com a aquela intensidade. Outra ereção. Inevitável. Meneou a cabeça: "chega de punheta".
I'm Winston Wolfe. I solve problems.
domingo, julho 31, 2005
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