Uma amiga terminou um namoro de sete anos faz duas semanas. "Não damos mais certo", sentenciou ela. Depois do segundo final de semana de liberdade, me confidenciou. "Dei o cú". "Putz", exclamei como resposta. Nada mais precisava dizer. E isso me fez contextualizar sua situação e chegar a algumas conclusões.
A garota namorou sete anos um único sujeito. Só fazia sexo com ele. Por sete anos, apenas o pau dele lhe interessou. Sua vagina tinha tomado praticamente a fôrma do instrumento do rapaz. E estava ótimo. Beleza, há quem consiga viver na monogamia. Mas nada, absolutamente nada, resiste ao tédio, que leva ao desinteresse, que leva ao fim de tudo. Foda-se o tempo em que as escovas de dentes tiveram a companhia uma da outra: deu brecha, dançou. E com ela não foi diferente. O fato de ter feito sexo anal com um sujeito que acabara de conhecer numa noite é o resumo disso.
Porque, acredito eu, existam duas formas de se conseguir que uma mulher forneça o orifío desejado sadicamente por 99% dos homens heterossexuais. A primeira, foi a adotada pelo ex-namorado dessa amiga. Depois de tanto tempo de convívio, ela se sentia extremamente a vontade para fazer o que quisesse com ele. Confiava nele, que podia, por sua vez, confiar nela. O carinho trocado, a cumplicidade sincera e a certeza que seriam felizes para sempre a fizeram ficar de quatro e, como diria a Virgínia, mandar o cara "meter aí".
Só que ela havia demorado quatro anos para resolver isso. Quatro anos com CURIOSIDADE, mas sem VONTADE suficiente para encarar o bicho por trás. O que nos leva a segunda forma de se conseguir isso de uma mulher. O sujeito que ela conheceu dois finais de semana depois de ter largado do namorado a fez ter essa vontade numa única noite. Sua competência na cama (ou seja lá onde a cópula tenha rolado) foi tamanha que ela mandou um "mete aí" sem pestanejar.
O cara a excitou tanto, instigou seus sentidos de tal modo que não deve ter precisado nem de quatro horas para conseguir o feito. Enquanto o namorado, com carinho, dedicação e paciência, levou quatro anos. Ruim de serviço? Talvez. Mas é inegável que competência é fundamental. E competência não é pau de 22 cm, saber o Kama Sutra de trás pra frente ou mandar um buquê de tulipas importadas da Holanda com um cartão escrito "Eu te amo" em 876 dialetos, incluindo línguas mortas.
É saber dar o que o outro quer. É algo subliminar. Como fazer cosquinhas nos recônditos mais escuros dos desejos mais indecentes apenas com um olhar. Alguns, com mais sorte, nascem com isso. Outros aprendem com o tempo. Quem permanece apenas com mais do mesmo, está fadado a ficar pra titio. Ou titia.
E não é apenas com relação a sexo. A sintonia que existe entre duas pessoas se dá de maneira incompreensível, a princípio, mas pode ser encarada como um jogo. Um jogo onde ganha não quem necessariamente sabe jogar melhor, mas blefar mais convincentemente, com os olhos vidrados e um sorriso de canto de boca.
I'm Winston Wolfe. I solve problems.
domingo, agosto 21, 2005
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
É, esse orifício é algo complicado. Se a tentativa de fornecê-lo foi frustrante e a marcou, vai ser dificil acontecer de novo. O trauma de dar e doer é muito dificil de se esquecer, mas nada que tulipas holandesas não resolvam...
Postar um comentário