O Álvaro Pereira Júnior é um mala. Um chato, que adora criar polêmicas pra molecada do Folhateen, onde é colunista. O sujeito tem quase 40 anos de idade e gosta de provocar garotos de 15. Não à toa, é editor-chefe do Fantástico, a coisa mais estúpida da TV brasileira em seu horário.
Mas desta vez preciso fazer minhas as palavras dele. Em sua coluna desta segunda-feira, escreve juninho o seguinte:
Já pensou se o Orkut servisse para alguma coisa? Se ele não fosse só nostalgia, fofoca e sacanagem? Se tivesse um uso prático bem definido?
O texto, chamado "O Orkut que deu certo", é sobre o MySpace.com, comunidade que, segundo Álvaro, é bem mais útil que a criada pelo Google. E encerra de forma magistral, bem a seu estilo:
Assim como o açaí na tigela e a Scheila Carvalho, o Orkut é um fenômeno estritamente brasileiro. Importante, é claro, mas de alcance paroquial.
Quando começou, o Orkut era legal. Servia para reencontrar muita gente que, por um motivo ou outro, havia se perdido pelas encruzilhadas da vida. E aí dá-lhe scrap, mensagem, troca de e-mail, telefone, encontros (orkontros, para os exagerados), enfim. Mas aí a coisa parou. Simplesmente não rendeu mais fruto algum.
O porquê disso é simples. Se tais contatos foram perdidos, era porque realmente não eram importantes. Se fossem, não teriam se perdido. E passada a euforia inicial, o que era para ser algo saudável, tornou-se nocivo, para não dizer bobo.
Restou, claro, a putaria. Tornou-se mais um canal onde gente feia e travada tenta comer alguém sem precisar botar a cara pra bater. Outro meio de dar "escapadinhas", arrumar affairs, chifrar namorada, boicotar namorado. Putas comerçaram a a anunciar seus servicinhos em seções específicas ou em páginas próprias. Grupos de swing, ménage, cornos mansos e vagabas em geral não param de aumentar.
Restou também a faceta cruel, estúpida e irrelevante - por isso mesmo a de maior vulto - do ser humano, traduzida em comunidades preconceituosas e de mal gosto. Contra negros, mulheres, judeus, nordestinos, homossexuais, pobres, enfim, a velha ignorância de sempre, só que com um alcance muito maior.
E o que é pior: os spams, correntes e piadinhas, antes restritas aos e-mails, invadiram os scraps, dando novamente aquele falsa sensação de que alguém realmente se importa com alguém. Como se um recadinho do tipo "Fala, sumido... manda notícias" fosse realmente sincero. Basta entrar na página de scraps de quem mandou para vereficar que a mesma pergunta foi feita para todo mundo.
Então, como não sou feio, travado e não faço questão de participar de nada que seja virtual, tô dando linha. Saindo fora. Ralando peito. Pegando o caminho da roça. Tomando rumo. Indo embora, enfim.
I'm Winston Wolfe. I solve problems.
terça-feira, novembro 08, 2005
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6 comentários:
Fico totalmente do lado do Denão. Não há motivos para se preocupar com algo que é tão insignificante e continuo encontrando pessoas que eu não vejo há muito tempo, sem problemas. Você é muito revoltado amor...
no final, é o que eu sempre digo:
GUEIZICE.
Entrei e não vi nada de especial, saí e não voltei. Só.
O Orkut é a maior fonte de bizarrices da internet.
o orkut me lembra os aniversarios das pessoas.
eu continuo no orkut por causa da comunidade Marx de Cu é Hegel. aquilo ali é muito bom!! :-)
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