1 - 53rd & 3rd - Ramones
2 - Cocksucker Blues - Rolling Stones
Ô turminha que gosta de soltar o lhôrdo...
3 - Lament - The Doors (by Nunu)
4 - Cock-suckers Ball - Frank Zappa (by Nunu)
5 - Evil Dildo - Placebo (by Nunu)
Alguém conhece mais alguma?
I'm Winston Wolfe. I solve problems.
terça-feira, fevereiro 28, 2006
segunda-feira, fevereiro 27, 2006
Capote
"Capote" é um filme chato.
Não. Não venha me dizer que é legal. Legal é "Guerra nas Estrelas", "Senhor dos Anéis" e "Porky´s". Um filme como "Capote" não pode ser considerado legal. Ele é lento, sua narrativa é arrastada, o clima é tedioso e antes da metade dele é bem capaz que você, assim como o próprio Capote, comece a torcer para que a tortura temine logo e te libere para comer um BigMac.
Acredito, porém, que não tenha jeito de ser diferente. Um filme que fala sobre a produção de um obra tão aclamada e adorada quanto "A Sangue Frio", invariavelmente pisa em ovos. O sujeito cerca-se de tantos cuidados que é inevitável ousar o mínimo possível e fazer um filme para uma audiência bem específica. De preferência, uma que não durma no cinema.
O único mérito de "Capote", como a crítica fez questão de salientar, é o ator Philip Seymour Hoffman . Ele carrega o filme nas costas incorporando o personagem com uma força que eu só havia visto antes no Jim Morrison de Val Kilmer em "Doors". A estatueta, previsivelmente, é dele. O que não justifica o par de horas a que o diretor Bennett Miller submete o espectador.
Claro que as faculdades de jornalismo vão organizar excursões para que os estudantes - que em sua imensa maioria serão modorrentos e incompetentes assessores de imprensa de órgãos públicos - assistam ao filme após lerem o livro. O que será um engano, pois o Capote da tela é milhões de vezes menos interessante que o Capote do livro, mesmo que eu não tenha folheado o dito cujo.
Sua fama o precede, e isso parece bastar. "A Sangue Frio" é um caso típico de obra que quase todo mundo conhece, poucos leram e apenas uma minoria absorveu aquilo que Truman escreveu. Levado às telas, a história da confecção do livro perdeu força e naufragou num mar de tédio. Como diria o Agente Smith: "Inevitável".
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
Estupefacientes auditivos
Músicas legais que falam sobre drogas
1 - Heroin - Velvet Underground
2 - Cold Turkey - John Lennon
3 - Sister Morphine - Rolling Stones
4 - Under the Bridge - Red Hot Chili Peppers
5 - Mr. Tambourine Man - Bob Dylan
6 - Cocaine - Eric Clapton
7 - House Of The Rising Sun - The Animals
8 - Purple Haze - Jimi Hendrix
9 - Carbona Not Glue - Ramones
10 - Special K - Placebo
E a lista cresce...
11 - Got to Get You Into My Life - Beatles (by Galvão)
12 - Lithium - Nirvana (by Nunu)
13 - Mr. Brownstone - Guns´n´Roses (by Nunu)
14 - Hurt - Johnny Cash (by Dringola)
Mais alguma?
1 - Heroin - Velvet Underground
2 - Cold Turkey - John Lennon
3 - Sister Morphine - Rolling Stones
4 - Under the Bridge - Red Hot Chili Peppers
5 - Mr. Tambourine Man - Bob Dylan
6 - Cocaine - Eric Clapton
7 - House Of The Rising Sun - The Animals
8 - Purple Haze - Jimi Hendrix
9 - Carbona Not Glue - Ramones
10 - Special K - Placebo
E a lista cresce...
11 - Got to Get You Into My Life - Beatles (by Galvão)
12 - Lithium - Nirvana (by Nunu)
13 - Mr. Brownstone - Guns´n´Roses (by Nunu)
14 - Hurt - Johnny Cash (by Dringola)
Mais alguma?
terça-feira, fevereiro 21, 2006
Mulher é um bicho estranho, mesmo...
Só porque a garota dançou 15 minutinhos agarrada ao maior astro pop dos últimos 20 anos durante um show para no mínimo 70 mil pessoas e acompanhado por outras estimadas 100 mil em casa, não quer dizer que ela mereça tudo isso.
sexta-feira, fevereiro 17, 2006
Mariana – ou o dia em que quis ter sido santo
Na 2ª série, Mariana era uma garota feia. Gorda, cheia de sardas, cabelo mau tratado, roupas apertadas e desbotadas e - pior de tudo - uma inteligência não muito privilegiada. Logo, sem atrativos para meninos e meninas. Mas diferente de eu - que era um garoto magrelo, branquelo e tímido - ela começava a sofrer as típicas pressões sociais que a obrigavam a ser mulher em corpo e mente. Ao contrário dos machos, que nessa idade ainda não possuem sequer pêlos pelo corpo (salvo exceções das quais ninguém queria fazer parte), as fêmeas já se preparam para a puberdade, o que significa transformarem-se em objetos de desejos obscenos daqueles.
Mas não era o caso de Mariana. Enquanto as amigas já possuíam um par de montes pontudos sob a camiseta do uniforme, e os shorts de lycra de educação física começam a apertar as coxas que engrossavam, ela ostentava apenas uma rotunda circunferência sob o agasalho - que não tirava por nada. Eu observava. Observava com pena e certa simpatia. Assim como ela, eu também não era dos mais populares, já que não praticava esportes e gostava de desenhar alienígenas.
E ela sabia de minha paixão pelo desenho. Tanto que no final do ano, por conta de um amigo-secreto, me presenteou com um estojo de hidrocores. "Só podia te dar isso, né? Você não parar de desenhar", disse, sorrindo, solícita, como que pedindo por atenção. Senti vergonha. Apesar de dividirmos o mesmo status social escolar, não queria ser visto conversando com ela, ou mesmo estar perto dela. Queria - assim como todos os outros garotos - dividir minha mesa com a filha da professora que, apesar de ser um poço de antipatia, era um primor de beleza pré-púbere.
Mas o ano acabou. E Mariana saiu da escola.
Eu continuei e cheguei até a 5ª série, ainda magrelo e branquelo, mas já quase sem o tesão pelo desenho e com uma disfluência de fala que começava a se agravar. Ela não. Retornou cheia de curvas bem delineadas. Nem sombra da gordinha estapafúrdia de outrora. Estava uma delícia, era inegável, embora permanecesse com a inteligência bem pouco privilegiada. O que, claro, deixou de ser impecilho, já que pouco importa se seus miolos funcionam quando se tem um belo par de peitos e nádegas firmes e luxuriosas.
E ela as tinha. Diziam as más línguas - inveja, claro - que ela havia comprado tudo aquilo. Spa, lipoaspiração e essas intervenções todas. Pouco importava. Mariana agora dominava a parada. Era dela todos os olhares masculinos de admiração e todos os olhares femininos de raiva.
E ela foi a forra. Beijava os caras mais populares nas excursões. Atraia o desejo até dos marmanjos do Colegia. Ela escolhia e derrubava. Ninguém mais podia com ela.
Nessa época, pensava que, se tivesse sido um pouco mais legal com ela quando ainda ostentava o perfil de uma barrica de chopp, talvez tivesse alguma chance agora, algo como uma recompensa. Mas pensando bem, acho que não. Mariana não queria misericórdia. Queria vingança. Queria esfregar na cara de toda aquela gente que ela também podia ser como eles. E foi isso que se tornou. Em pouco tempo, também estava zuando as novas gordinhas da classe. E eu voltei a desenhar alienígenas.
Mas não era o caso de Mariana. Enquanto as amigas já possuíam um par de montes pontudos sob a camiseta do uniforme, e os shorts de lycra de educação física começam a apertar as coxas que engrossavam, ela ostentava apenas uma rotunda circunferência sob o agasalho - que não tirava por nada. Eu observava. Observava com pena e certa simpatia. Assim como ela, eu também não era dos mais populares, já que não praticava esportes e gostava de desenhar alienígenas.
E ela sabia de minha paixão pelo desenho. Tanto que no final do ano, por conta de um amigo-secreto, me presenteou com um estojo de hidrocores. "Só podia te dar isso, né? Você não parar de desenhar", disse, sorrindo, solícita, como que pedindo por atenção. Senti vergonha. Apesar de dividirmos o mesmo status social escolar, não queria ser visto conversando com ela, ou mesmo estar perto dela. Queria - assim como todos os outros garotos - dividir minha mesa com a filha da professora que, apesar de ser um poço de antipatia, era um primor de beleza pré-púbere.
Mas o ano acabou. E Mariana saiu da escola.
Eu continuei e cheguei até a 5ª série, ainda magrelo e branquelo, mas já quase sem o tesão pelo desenho e com uma disfluência de fala que começava a se agravar. Ela não. Retornou cheia de curvas bem delineadas. Nem sombra da gordinha estapafúrdia de outrora. Estava uma delícia, era inegável, embora permanecesse com a inteligência bem pouco privilegiada. O que, claro, deixou de ser impecilho, já que pouco importa se seus miolos funcionam quando se tem um belo par de peitos e nádegas firmes e luxuriosas.
E ela as tinha. Diziam as más línguas - inveja, claro - que ela havia comprado tudo aquilo. Spa, lipoaspiração e essas intervenções todas. Pouco importava. Mariana agora dominava a parada. Era dela todos os olhares masculinos de admiração e todos os olhares femininos de raiva.
E ela foi a forra. Beijava os caras mais populares nas excursões. Atraia o desejo até dos marmanjos do Colegia. Ela escolhia e derrubava. Ninguém mais podia com ela.
Nessa época, pensava que, se tivesse sido um pouco mais legal com ela quando ainda ostentava o perfil de uma barrica de chopp, talvez tivesse alguma chance agora, algo como uma recompensa. Mas pensando bem, acho que não. Mariana não queria misericórdia. Queria vingança. Queria esfregar na cara de toda aquela gente que ela também podia ser como eles. E foi isso que se tornou. Em pouco tempo, também estava zuando as novas gordinhas da classe. E eu voltei a desenhar alienígenas.
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
Não sei porque perco tempo explicando essas coisas
- Mas ele canta com o nariz!
- Ele não canta. Quem canta é cantor, e ele não é um cantor. É um poeta. A voz é o de menos. Se você quer ouvir um cantor, vai ouvir o Fábio Júnior.
- Ah, então porque ele não escreve apenas ao invés de gravar um CD?
- Porque dessa forma a mensagem dele vai atingir mais pessoas.
- Mas é em inglês! Quem não sabe inglês, não tem como saber o que ele tá falando. Mas se ele cantasse direito, tivesse uma voz bonita, isso não iria importar.
- Ele canta em inglês porque nasceu e se criou nos Estados Unidos. Se fosse na Birmânia, faria o mesmo em birmanês. E já falei que quem gosta dele não gosta pela voz, gosta pela poesia das letras, e, se forçar, pelos arranjos das músicas. E conhece um pouco de inglês também.
- Ainda acho que ele canta com o nariz.
- Quer que ele tire o nariz para cantar?
- Ah, besta, você entendeu o que eu quis dizer.
- Infelizmente.
- Ele não canta. Quem canta é cantor, e ele não é um cantor. É um poeta. A voz é o de menos. Se você quer ouvir um cantor, vai ouvir o Fábio Júnior.
- Ah, então porque ele não escreve apenas ao invés de gravar um CD?
- Porque dessa forma a mensagem dele vai atingir mais pessoas.
- Mas é em inglês! Quem não sabe inglês, não tem como saber o que ele tá falando. Mas se ele cantasse direito, tivesse uma voz bonita, isso não iria importar.
- Ele canta em inglês porque nasceu e se criou nos Estados Unidos. Se fosse na Birmânia, faria o mesmo em birmanês. E já falei que quem gosta dele não gosta pela voz, gosta pela poesia das letras, e, se forçar, pelos arranjos das músicas. E conhece um pouco de inglês também.
- Ainda acho que ele canta com o nariz.
- Quer que ele tire o nariz para cantar?
- Ah, besta, você entendeu o que eu quis dizer.
- Infelizmente.
Acho que sou caucasiano demais para isso...
Comentário de Isabelle Biajoni no site do papai, a respeito do show dos Rolling Stones, me fez sentir uma fisgada estranhamente conhecida na porção posterior-lateral do estômago:
"pow... o morrão vai descer todo!"
Sim, ela disse isso. E com conhecimento de causa, posto ser carioca da gema, o que me fez sentir nova e mais forte puxadela, desta vez na boca do dito aparelho digestivo.
Acho que vai dar merda. Alguém tem um antiácido sobrando?
"pow... o morrão vai descer todo!"
Sim, ela disse isso. E com conhecimento de causa, posto ser carioca da gema, o que me fez sentir nova e mais forte puxadela, desta vez na boca do dito aparelho digestivo.
Acho que vai dar merda. Alguém tem um antiácido sobrando?
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