Igual a tudo na vida é o mundinho da literatura brasileira. Ou você faz parte de um grupinho ou faz parte de outro. Escolha o seu, oras. Com sorte, pode estar dentro daquele que, uma hora ou outra, descola uma boquinha como essa aqui. Se não, vai continuar a pastar e a lançar diatribes (ó que palavra bonita!) contra os contemplados - que, claro, do alto de sua importância auto-proclamada para o meio, gastarão o teclado para responder da mesma forma esquisita como fazem literatura.
Agora chega mais perto, leitor comum e inteligente, que faz parte de 90% das pessoas que jamais ouviram falar desse pessoal e viveu muito bem até hoje: você se importa com isso? Não com a farra do dinheiro público, indissociável de nossa sociedade, mas com o resultado disso. Você vai mesmo se dirigir a uma livraria e comprar um exemplar de algum desses escritores? Será que vai bater aquela vontade impossível de queimar alguns suados tostões para adquirir a mais nova obra de um sujeito que você nunca ouviu falar - no máximo leu em algum "grande" caderno de cultura ou site de "cultura pop" - de verdade?
Não, não vai. Assim como outros tantos projetos "de vanguarda", feitos por gente "descolada" e capitaneados por empresas "super antenadas", o lance vai fazer água. Não quero dar uma de profeta do apocalipse, mas é que a relevância desses sujeitos - e a tudo o que os concerne - é tão pequena que chega a dar pena. Não sei se seria diferente caso o grupinho privilegiado fosse outro, mas duvido. É tudo pirão da mesma cabeça de peixe. Agora dá licença que vou terminar meu Harry Potter.